Ilhas Maldivas
Há meia dúzia de países que simplesmente deixarão de existir se o aquecimento terrestre provocar a elevação de mais de 1 metro do nível do mar. A maior parte deles está no Oceano Pacífico, mas há um caso grave no Índico: Maldivas, a menor nação asiática, com 298 km² de superfície. O país é um colar de 26 atóis dispersos que reúnem 1.190 ilhas de corais, 200 delas habitadas, a sudoeste da Índia, ocupando uma área de 90.000 km². Do tamanho de Portugal, tem 98% de seu território dentro d’água. Por lá, é muito mais fácil fotografar peixes e coqueirais que seres humanos. A maior cidade e capital, Malé, tem 65 mil pessoas, predominantemente muçulmanas, espremidas em uma área de somente 3 quilômetros quadrados. Paraíso de noivos em lua-de-mel, é um lugar caro porque praticamente tudo é importado, com exceção do peixe, ovos e alguns frutos.
 
Malé, capital das Maldivas - fotografia obtida em outubro de 2004
 
Território e recursos
 
Maldivas é o retrato da clássica ilha dos sonhos: pequena, coberta de coqueiros, palmeiras e rodeada por areias brancas, que desaparecem em águas cristalinas e calmas, de tons e matizes diferentes que vão do azul turquesa ao marinho. Não há rios ou montanhas nas Maldivas. A maioria das ilhas têm, no máximo, dois metros de altitude. Isso faz com que o destino das ilhas seja o desaparecimento do mapa nas próximas gerações, devido ao aquecimento global. O clima é tropical, quente todo o ano, influenciado pelas monções, mas pela proximidade do Equador, mais suaves. A temperatura varia pouco: a mínima não baixa de 23º C e a máxima não supera os 33ºC, com mais de 2.700 horas de sol por ano. A temperatura média da água é de cerca de 25º C. Para um visitante, a água pode parecer estranha, pois é ligeiramente salgada. Na realidade é água de Mar sugada com bombas do subsolo e filtrada através de areia. Algumas ilhas têm uma planta dessalinizadora, enquanto outras oferecem água corrente da chuva, recolhida em depósitos.
 
Para propósitos administrativos, o governo dividiu os atóis em 21 divisões administrativas. A maior ilha do arquipélago é a ilha de Gan, que pertence ao Atol Laamu. No Atol Addu, as ilhas mais ocidentais estão ligadas por estradas sobre o recife, com uma extensão total de 14 km.
 
As Maldivas tem um recorde mundial de ser o país com a mais baixa altitude do mundo, o ponto mais elevado está a 2,3 metros do nível do mar, e a altitude média do país é de 1,5 metros e a maioria do território habitado está apenas a um metro de altitude. A capital, Malé, está a 90 centímetros do nível do mar e vivem 100 mil pessoas.
 
A vegetação e vida selvagem em terra são limitadas, mas são complementadas pela abundância de vida marinha. As águas em torno das Maldivas são ricas em espécies de animais de valor biológico e comercial. A pesca de atum é um dos principais recursos comerciais. As Maldivas tem uma grande diversidade de vida marinha, com corais e mais de 2000 espécies de peixes.
 
Clima
 
Possuí um clima tropical e úmido com uma precipitação aproximada de 2540 mm ao ano no norte e 3810 mm ao sul.
O Oceano Índico funciona como uma reserva de calor, absorvendo, armazenando e liberando lentamente o calor tropical. A temperatura das Maldivas varia entre 24 ºC e 33ºC durante todo o ano. Embora a umidade seja relativamente alta, a constante brisa fresca do mar mantém o ar quente em movimento.
 
O clima nas Maldivas é afetado pela grande massa continental do sul da Ásia. A presença dessa massa provoca um grande aquecimento na terra e na água. Esses fatores desencadearam uma onda de ar rico em umidade vinda do Oceano Índico ao longo do sul asiático, resultando na monção sudoeste. Duas estações dominam o clima das Maldivas: a estação seca, associada à monção norte de inverno, e a estação das chuvas, que traz ventos fortes e tempestades. A mudança da monção seca para a úmida ocorre durante abril e maio. Durante esse período, os ventos vindos do nordeste contribuem para a formação da monção, que atinge o arquipélago em junho e vai até o final de agosto. Porém, nem sempre os padrões climáticos das Maldivas são iguais aos padrões das monções do sul asiático.
 
População
 
A população (1993) é de 238.363 habitantes, com uma densidade demográfica de 800 hab/km2. A capital é Male, cuja população (1990) é de 55.130 habitantes.O idioma é o divehi.
 
O Islã é a religião predominante, a qual foi introduzida em 1153. Foi colônia portuguesa (1558), holandesa (1654) e britânica (1887). Em 1953 tentou-se estabelecer uma república, mas poucos meses depois se restabeleceu o sultanato. Obteve a independência em 1965 e em 1968 foi reinstaurada a república, contudo, em 38 anos o país só teve dois presidentes, ainda que as restrições políticas tenham diminuído recentemente. É o país menos populoso da Ásia e também o menos populoso entre os países muçulmanos.
 
Economia
 
A economia das Maldivas foi durante séculos totalmente dependente da pesca e de outros produtos marinhos. Por esta razão a pesca tem sido e ainda permanece sendo a principal ocupação da população. Este fato também tem significado que o governo dá uma prioridade especial a seu desenvolvimento.
 
Além da pesca, outra atividade que tem crescido durante os últimos anos é o turismo. Seu desenvolvimento tem criado direta e indiretamente emprego, e tem gerado oportunidades de trabalho em outras áreas, como a indústria. Na atualidade o turismo é a principal fonte de ingresso de moeda estrangeira, contribuindo com cerca de 20% do PIB. Com 86 centros turísticos em operação, no ano 2000 foram recepcionados 467.174 turistas estrangeiros.
 
A maior parte dos alimentos é importada. O país sofreu consideráveis danos com o tsunami de dezembro de 2004.
 
História
 
A história antiga das Maldivas é obscura. Segundo a lenda maldívia, um príncipe cingalês chamado Koimale encalhou com sua esposa, filha do rei do Sri Lanka, numa lagoa das Maldivas e dominou a região como o primeiro sultão. Com o passar dos séculos, as ilhas foram visitadas por marinheiros dos países do Mar Arábico e dos litorais do Oceano Índico, que deixaram a sua marca. Os piratas de MPLA, procedentes da costa do Malabar, atualmente o Estado Indiano de Kerala, arrasaram as ilhas.
 
No século XVI, entre 1558 e 1573, os portugueses estabeleceram uma pequena feitoria nas Maldivas, que administraram a partir da colónia principal portuguesa de Goa. Por quinze anos dominaram as ilhas, mas a actuação do feitor foi muito impopular. Quinze anos passados um líder local chamado Muhammad Thakurufaanu Al-Azam e seu irmão organizaram uma revolta popular e expulsaram os portugueses das Maldivas. Este acontecimento ainda hoje é celebrado como dia nacional das Maldivas e num pequeno museu e memorial em honra do herói nacional e depois Sultão Muhammad Thakurufaanu Al-Azam na sua ilha natal Utheemu no sul do atol Thiladhummathi.

O país foi governado como um sultanato islâmico independente na maior parte de sua história entre 1153 e 1968. Foi um protetorado britânico desde 1887 até 25 de julho de 1965. Em 1953, por um breve período, implantou-se uma república mas o sultanato se restabeleceu. Os maldívios seguiam o budismo antes de se converterem ao islamismo, conversão esta explicada em uma controvertida história mitológica acerca de um demônio chamado Rannamaari. A independência do Reino Unido foi obtida em 1965, seguindo o sultanato por três anos mais. Em 11 de novembro de 1968 foi abolido e substituído por uma república.
 
Em 26 de dezembro de 2004, as ilhas foram devastadas por um tsunami, que se seguiu a um forte terremoto, produzindo ondas de 1,2 a 1,5 metro de altura e inundando o país quase por completo. Ao menos 75 pessoas morreram, incluindo seis estrangeiros, e a infraestrutura se destruiu por completo em 13 ilhas habitadas e 29 das ilhas turísticas.
 


SITUAÇÃO MISSIONÁRIA
 
Ilhas Maldivas é um paraíso tropical de indescritível beleza, único no mundo. São mais de 1000 ilhas, cada qual com uma paisagem exuberante formada por frondosas palmeiras, com reluzentes praias de areia branca, lagoas azul turquesa e recifes de coral de cores brilhantes. Porém, a sociedade das Ilhas Maldivas está muito longe daquilo representado pelas fotos espetaculares das revistas de turismo. Trata-se de uma sociedade profundamente marcada pela dor e pelo sofrimento.
 
Essa realidade não é fácil de ser vista, mesmo porque não está em evidência. Uma sociedade a qual deve lidar com problemas sérios, mas não tem remédios e soluções para os seguintes fatos:
 
1. É a nação com o maior índice de divórcio do mundo, onde o marido deve apenas pronunciar as palavras: “Eu me divorcio de você”, e assim o casamento estará acabado!
 
2. Índice incrivelmente alto de abuso sexual em crianças!
 
3. Famílias inteiras desestruturadas onde o marido casa-se novamente entre 2 a 80 vezes (o recorde é 80 vezes ) e ele tem filhos de praticamente todas as esposas!
 
4. Alto índice de uso de drogas entre os adolescentes!
 
O governo das Maldivas impõe obstáculos a qualquer tipo de iniciativa social que procure amenizar estes problemas. Aparentemente o governo é favorável a estas situações e sua única preocupação está nas questões religiosas!
 
O islamismo é a religião oficial das Maldivas desde mais de 800 anos e 100% da população é mulçumana e a prática aberta de qualquer outra religião é proibida. A constituição das Maldivas segue os preceitos do islamismo. Um dos artigos diz, por exemplo, que “um não-muçulmano não pode se tornar um cidadão”. As exigências necessárias para aderir a outra religião e a proibição do culto público de outras religiões são contrárias às normas do Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Recentemente, foi abordado nas Maldivas a aceitação das leis internacionais, visto que “A aplicação dos princípios estabelecidos no artigo 18 do Pacto será sem prejuízo da Constituição da República das Maldivas”.
 
Conforme a Classificação de Países por Perseguição a Cristãos de 2012, elaborada pela Open Doors Internacional, Maldivas é o sexto país que mais persegue cristãos no mundo.
 


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